

Tieflings
Ser recebido com olhares e sussurros, sofrer violência e insultos nas ruas, enxergar desconfiança e medo em cada par de olhos: esse é o destino de um tiefling. Sua aparência e natureza não são culpa deles, mas sim o resultado de um pecado ancestral — um fardo pelo qual eles, seus filhos e os filhos de seus filhos sempre serão responsabilizados.
Tieflings descendem de linhagens humanas e, em um sentido amplo, ainda mantêm traços humanos. No entanto, sua herança infernal deixou marcas claras em sua aparência.
Eles possuem grandes chifres, que variam em forma e tamanho. Têm caudas espessas, dentes caninos afiados e olhos de aspecto demoníaco e sobrenatural. Sua pele pode abranger toda a gama de colorações humanas, mas é comum apresentar tons de vermelho, roxo ou até mesmo azul-escuro. Seus cabelos, que caem por entre os chifres, costumam ser escuros — variando entre preto, castanho, vermelho escuro, azul ou roxo.

Características Raciais Básicas

Altura média
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Mínima: 140 cm
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Máxima: 210 cm
Idiomas
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Comum
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Infernal
Expectativa de Vida
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Maioridade: 18 anos
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Longevidade: Até cerca de 190 anos
Mais comuns em
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Acheron
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Reinos civilizados de Alderion (Exceto Lotharion)
Tieflings
Forjados nas trevas do plano infernal de Acheron, os tieflings são o legado
amaldiçoado de pactos antigos e heresias que desafiaram a própria ordem dos
deuses. Não são demônios, nem mortais comuns, mas sim herdeiros de uma
linhagem manchada por acordos com entidades profanas — vestígios vivos de
um crime arcaico que atravessa as eras como uma cicatriz na alma do mundo.
Muito tempo atrás, os nobres de Drazha, movidos por uma sede insaciável de
poder, ofereceram seus nomes, linhagens e até seus descendentes às forças de
Acheron em troca de magia e domínio. O preço cobrado não foi apenas sangue,
mas o próprio futuro. Seus filhos nasceram alterados: olhos sem pupilas, presas
demoníacas, caudas serpenteantes e chifres como coroas distorcidas.
Assim surgiram os tieflings — uma raça que caminha entre os povos de Alderion como um lembrete sombrio do que foi perdido.
Uma aparência inconfundível
Embora compartilhem traços humanos, os tieflings são inconfundíveis. Seus corpos esguios e elegantes escondem um vigor inato, enquanto seus olhos — por vezes completamente negros, vermelhos ou dourados — não revelam emoção alguma. A pele pode assumir tons humanos, mas frequentemente varia entre o vermelho profundo, roxo e até um azul noturno. Seus cabelos escuros fluem como sombras vivas por entre os chifres curvos que adornam suas testas.
Cada tiefling carrega em si não apenas os estigmas visíveis de sua origem, mas uma presença sutil que inquieta os espíritos, como se uma parte deles ainda pertencesse ao reino de onde vieram seus ancestrais. Alguns abraçam esse legado, tornando-se emissários do próprio Acheron; outros o renegam, buscando um caminho de redenção e equilíbrio.
As tribos Ghaash'kala
Em Alderion, os tieflings são mais numerosos entre as tribos Ghaash'kala, situada nas profundezas das planícies amaldiçoadas de Acheron. Lá, a linhagem infernal não é motivo de vergonha, mas de orgulho ancestral. Os grandes clãs de Drazha veneram seus antepassados pactuários, preservando rituais arcanos antigos, e mantendo viva a memória dos laços que outrora os ligaram aos senhores infernais.
Apesar disso, os tieflings que deixam Drazha frequentemente enfrentam desconfiança e preconceito nas terras civilizadas de Alderion. Muitos os associam a cultos sombrios, traições e desgraças, mesmo que esses julgamentos sejam, em grande parte, infundados. Essa hostilidade molda a psique de muitos tieflings, que oscilam entre o orgulho e a amargura, entre o desejo de pertencer e a certeza de que jamais serão plenamente aceitos.
Destino marcado
A herança de um tiefling nunca o abandona. Mesmo longe das sombras de Acheron, mesmo quando lutam por justiça ou percorrem o caminho dos heróis, sempre haverá aqueles que os olham com medo e desconfiança. E ainda assim, é justamente nessa rejeição que muitos tieflings encontram força. Eles são mestres da resistência, forjados na chama da rejeição e moldados por séculos de dor — e, por isso, capazes de feitos que poucos ousam imaginar.
Tieflings não nascem para a paz, mas para o conflito — e alguns dizem que, ao final de todas as eras, será sob seus olhos infernais que o destino de Alderion será selado.
