

Ciclo Inexorável
Esta seita é pequena em número (cerca de 1.700 membros), mas compensa essa modesta quantidade com um fanatismo absoluto. Para eles, não existe equilíbrio cuidadoso entre natureza e civilização – tudo o que é artificial ou antinatural é considerado perigoso, com a magia arcana figurando como a maior ameaça.
A pureza da natureza deve ser defendida a qualquer custo.
Essa crença extrema se traduz em uma rejeição total de todas as formas de progresso e modernidade que possam corromper o mundo natural de Alderion.
Seus seguidores encaram qualquer inovação humana ou magia que não se origine diretamente dos elementos naturais como um insulto à ordem primordial, sustentando que apenas a força e a simplicidade da natureza podem garantir a sobrevivência do planeta.
Em sua visão, as estruturas construídas pelo homem e as práticas mágicas arcanas deterioram o equilíbrio sagrado, minando a essência pura e indomável do mundo. Assim, a seita se dedica incansavelmente a erradicar essas influências, acreditando que somente através da preservação intransigente da natureza é possível restaurar um estado de pureza original, livre de corrupção.

Gharull Filho das Cinzas

Gharull é um shifter fervoroso que lidera o Ciclo Inexorável há oito anos. Ele se vê como a voz da natureza e é inflexível em sua feroz oposição ao que é antinatural.
Gharull conta com o apoio dos shifters e dos refugiados de Cyre dentro da seita. Sob sua liderança, o Ciclo Inexorável passou a realizar ataques mais radicais: atacam fazendeiros em Tír na nÓg oriental, invadem academias arcanas de Argos e efetuam incursões contra indústrias britunianas.
Como membro do Ciclo Inexorável, os reinos veem Gharull como um inimigo, tratando-o, e aos demais membros da seita, como criminosos procurados.
Argos considera Gharull e o Ciclo Inexorável como terroristas fanáticos.
Visão Geral do Secto
Líder e Sede: Gharull Filho das Cinzas é o líder atual do secto, sem ter uma sede fixa
Principal característica: O Ciclo Inexorável é uma ordem druídica extrema que considera
toda magia arcana e divina (fora da magia druídica) como "antinatural". Eles buscam proteger
todas as áreas selvagens e veem até mesmo a agricultura comum como algo que desvirtua o
equilíbrio natural. Embora prefiram evitar o derramamento de sangue, os elementos mais
radicais dentro da ordem não hesitam em utilizar ataques terroristas para fazer valer seu
ponto de vista.
Raça proeminentes: Shifters e humanos
O Ciclo Inexorável é composto por grupos dispersos que patrulham incansavelmente Tír na nÓg, ou partem em ataques contra o que consideram ameaças à ordem natural. Não possuem uma base central nem um conselho druídico superior. Os indivíduos avançam em poder pessoal por meio de suas façanhas, e aqueles especialmente carismáticos atraem seguidores. Os mais influentes tornam-se líderes de fato da organização, o que significa que os outros são mais propensos a ouvi-los.
Durante grandes conclaves, esses líderes concorrentes se dirigem à assembleia e moldam as políticas gerais da seita. O orador que mais convence a multidão assume o manto de líder, embora essa posição não seja vitalícia. No próximo conclave anual, outro pode atrair a atenção da seita e ser proclamado o alto druida sem maiores delongas.
Atualmente, o alto druida é Gharull, cuja paixão pela causa e seu magnetismo pessoal são incomparáveis. Ele é responsável por atrair inúmeros seguidores para a seita, e sua voz prevaleceu nos últimos oito grandes conclaves. Gharull vê a si mesmo como a voz da natureza, com uma postura feroz e inflexível. Entretanto, sua visão não representa todos. Outros líderes locais são influentes em seus distritos, como o humano Collas, que adota uma mensagem mais moderada para os habitantes das planícies orientais, defendendo cerimônias de expiação em vez da chama purificadora. Caso a filosofia de Collas prevaleça em um futuro conclave, a maioria da seita moderaria suas atitudes.
Os druidas compõem cerca de um quarto dos membros do Ciclo Inexorável, uma proporção elevada comparada à maioria das organizações religiosas. O Ciclo Inexorável conta também com numerosos patrulheiros de Tír na nÓg e bárbaros, todos fanaticamente devotados à vida simples. Em algumas áreas, o líder local do Ciclo Inexorável pode nem ser um druida, especialmente nas áreas onde bandos de patrulheiros e bárbaros são comuns.
Já nas proximidades do Pesar, a proporção de druidas é muito maior, numa tentativa de conter a expansão lenta dessa região. Isso frequentemente coloca o Ciclo Inexorável em conflito com os Caminhantes da Neve, que patrulham suas fronteiras para proteger o que consideram solo sagrado.
A maioria dos conjuradores do Ciclo Inexorável são druidas, em virtude de sua feroz antipatia a qualquer forma de magia que não seja a da natureza, embora alguns sejam adeptos. Sua magia primitiva é aceita desde que utilizada para os fins corretos.
Cultura
A maioria dos membros do Ciclo Inexorável é humana ou shifter. Essa seita atrai mais shifters do que qualquer outra, devido à sua devoção às leis severas da natureza. Eles consideram tola a tentativa dos Guardiões do Bosque Eterno de equilibrar a natureza e o “progresso”, e não hesitam em destruir tudo o que percebem como antinatural. O que constitui o antinatural varia de indivíduo para indivíduo, mas todos se unem na oposição à magia arcana, a seres antinaturais como demônios e aberrações, e aos estragos da civilização.
Em geral, os membros do Ciclo Inexorável não usam armadura, mesmo aqueles de classes marciais, desprezando-a como uma muleta civilizada. Podem utilizar armas fabricadas, mas muitos são atraídos por estilos de combate desarmado (especialmente os shifters). Evitam tecidos, couro trabalhado e joias artesanais, e não utilizam corantes para alterar as cores naturais das peles que vestem. Vivem inteiramente da caça, pesca e coleta, pois acreditam que a agricultura fere a terra.
Enquanto desempenham suas tarefas vitais, os membros do Ciclo Inexorável usam apenas o essencial para sobreviver, sem adornos, exceto pelo emblema de sua fé. Contudo, coletam troféus de suas campanhas, como chifres de demônios ou cajados de magos, que transformam em ornamentos para cerimônias importantes. Os membros mais antigos acumulam os troféus mais impressionantes — possuem adereços de cabeça e mantos ricamente ornamentados, feitos a partir de dezenas de seus maiores inimigos.
Tornando-se um membro do Ciclo Inexorável
O candidato ideal para o Ciclo Inexorável é alguém que tenha experimentado em primeira mão o poder destrutivo da civilização. Tipicamente, essa pessoa não é nativa de Tír na nÓg, vindo de uma cidade ou local devastado por incursões demoníacas, como Zangarmarsh ou Acheron. Muitos são refugiados de Cyre, para os quais o pesadelo do Dia da Lamentação nunca termina. Porém, alguns que habitam Tír na nÓg já sofreram ataques de vizinhos assombrados por demônios ou de horrores que surgem do Pesar, o que os convence da necessidade de vigilância eterna contra o antinatural.
O Ciclo Inexorável não busca novos membros ativamente, acreditando que a natureza deve chamar os defensores em potencial. Iniciados se apresentam espontaneamente, motivados pelo repúdio ao excesso civilizado ou pelo trauma de ataques demoníacos, buscando refúgio nas profundezas do selvagem. Eles acabam encontrando o líder local do Ciclo Inexorável, que os aborda secretamente. A iniciação é simples e breve: o druida-chefe da área unge o novo membro e o designa a um grupo de patrulha. Iniciados que se destacam têm a chance de demonstrar sua força no próximo grande conclave e avançar na hierarquia se considerados suficientemente dedicados.
Doutrina e Crenças
Há apenas um dever para os fiéis: purificar o mundo de tudo o que é antinatural. Cada seguidor tem sua própria ideia sobre como cumprir essa missão, e desde que seus métodos não causem danos adicionais à natureza ou aos demais membros do Ciclo Inexorável, ele é livre para seguir seu coração. Diretrizes gerais são por vezes definidas em grandes conclaves, de modo que a destruição de demônios possa ser a prioridade máxima no inverno, enquanto sabotar equipamentos agrícolas pode ser prioridade na primavera.
O Ciclo Inexorável opera em pequenos grupos, geralmente compostos por cerca de meia dúzia de membros, liderados por um druida de grau mediano. Em áreas repletas de perigos mágicos, até metade do grupo pode ser formado por druidas. Os demais são principalmente patrulheiros e alguns bárbaros.
Cada grupo deve realizar missões regularmente (o intervalo depende da dificuldade da tarefa) e reportar os progressos nos conclaves. Apenas destruir o antinatural não basta — é necessário que fique claro que essa é a obra do Ciclo Inexorável. Além de coletar troféus, o grupo deixa evidências inconfundíveis de sua ação, geralmente o contorno de uma árvore esquelética queimada, marcada, ou cercada por destroços.
Grupos individuais realizam suas próprias observâncias. A conclusão de uma missão demanda um rito comemorativo (frequentemente associado à marca da árvore). Aqueles grupos com uma visão menos radical conduzem, periodicamente, rituais de expiação com os habitantes locais, especialmente durante a época de plantio e colheita.
Filhos Caídos do Ciclo Inexorável
As pessoas ingressam nessa seita severa movidas por uma convicção absoluta de que sua causa é justa. Muitos carregam cicatrizes profundas da devastação causada à natureza, de modo que jamais conseguem mudar de opinião. Alguns, entretanto, defendem uma abordagem mais razoável, aconselhando e instruindo as pessoas a minimizar seu “impacto” no mundo.
O Ciclo Inexorável tolera isso até certo ponto, mas repudia aqueles que demonstram indulgência excessiva em relação à civilização. Os seguidores de um indivíduo assim acabam desertando, e esse líder é banido dos conclaves. Com sua influência severamente diminuída, geralmente ele opta por partir. Ele mantém suas habilidades druídicas, pois ainda se dedica à natureza, podendo se tornar um praticante solitário ou buscar o abraço mais suave dos Guardiões do Bosque Eterno.
Qualquer membro do Ciclo Inexorável que pratique magia arcana, por qualquer razão, é imediatamente expulso da seita e perde todas as habilidades druídicas até que se arrependa. Se a infração não for muito grave (por exemplo, consumir uma poção feita por um mago ou usar um dispositivo de adivinhação arcana para detectar ameaças), pode haver readmissão como um novo iniciado. Isso também se aplica àqueles que empregam magia divina estruturada; ou seja, a magia clerical.
Infrações mais severas, especialmente estudar magia arcana por meio de níveis em uma classe de conjuração, não só resultam na expulsão como na designação de inimigo da natureza. Tais criminosos têm sua vida por perdida, e qualquer membro do Ciclo Inexorável ganha prestígio ao destruir o apóstata. Os inimigos que sobrevivem geralmente se tornam os mais implacáveis adversários da seita, mesmo que não sigam uma filosofia maligna.
Emblema do Ciclo Inexorável
Os iniciados borrifam o rosto com cinza de madeira para representar o dano que a civilização causou à natureza, e frequentemente exibem o esqueleto de uma árvore em chamas. Comumente, os membros do Ciclo Inexorável usam uma garra ou presa em um cordão de couro (retirada de uma criatura que morreu naturalmente ou foi dignamente abatida) para enfatizar que são a mão vingadora da própria natureza.
Culto
Ao serem iniciados no Ciclo Inexorável, cada novo membro recebe sua primeira missão, a qual deve ser executada sozinho, trazendo prova de seu sucesso ao líder local da seita. Essas tarefas iniciais têm o intuito de desafiar, e não de colocar em risco a vida. Uma missão típica é investigar e relatar atividades ameaçadoras ou, por vezes, destruir uma criatura relativamente fraca, como uma praga retorcida oriunda do Pesar.
A diretriz sazonal estabelecida em um conclave prescreve uma missão para os seguidores da seita. Cada grupo tem a liberdade de interpretar essa diretriz de acordo com suas próprias crenças e ritmo, com os mais fanáticos se esgotando na busca por seus objetivos.
Rituais e ritos
O ritual é intensamente pessoal para os membros do Ciclo Inexorável. Além do ritual de oposição à magia arcana, os seguintes ritos são praticados:
Iniciação
O ato de iniciação é breve e direto. Quando um potencial iniciado entra em contato com o Ciclo Inexorável, seu caráter já é conhecido. Se não fosse aprovado, ele jamais teria sido abordado. O líder local, ou o druida de maior hierarquia caso o líder não seja um druida, exige que o candidato jure, com a própria vida e a vida da terra, que, se falhar em seu dever, que seja transformado em cinzas. O ritual conclui-se com a aplicação de cinzas no rosto do iniciado, normalmente no formato de uma árvore esquelética. Essa marca não deve ser removida até que ele complete sua missão de iniciado.
Ritos menores
Grupos individuais do Ciclo Inexorável realizam suas próprias observâncias, e a maioria dos praticantes executa rituais privados em momentos significativos. Contudo, a conclusão de uma missão exige um rito comemorativo (frequentemente associado à marca da árvore). A natureza exata desse ritual varia de acordo com o membro, mas sempre contém um elemento de luto pela dor da Terra, podendo incluir um pequeno sacrifício em um bosque sagrado ou uma oferenda aos espíritos da natureza, acompanhada de um compromisso de aliviar o sofrimento do mundo por todos os meios necessários.
Ritos maiores
Grandes conclaves ocorrem nos equinócios e solstícios. Cada líder de grupo e todos os druidas do grupo participam dessas cerimônias, que são realizadas em uma região intocada dentro da Floresta do Coração Verdejante. A localização exata muda a cada encontro, definida ao final do conclave da estação anterior.
Representantes dos grupos relatam seus progressos, exibem troféus e discutem políticas para as próximas estações. O conclave de inverno prescreve a campanha para o inverno e a primavera, enquanto o conclave de verão trata dos períodos de verão e outono. Geralmente, uma grande missão é estabelecida para todos os adeptos, com objetivos amplos que permitem a cada membro decidir, à sua maneira, como cumpri-la. Por exemplo, um conclave de verão pode prescrever a “destruição da foice”, o que pode significar sabotar uma colheita, destruir implementos agrícolas ou até atacar servidores da morte e da não-morte.
Templos e Santuários
Os membros do Ciclo Inexorável observam uma versão austera do culto druídico. Círculos individuais estabelecem seus próprios locais de encontro, geralmente bosques isolados longe de áreas habitadas. Os grandes conclaves são realizados em locais semelhantes, com capacidade para acomodar várias centenas de membros, mas esses locais variam a cada reunião. A seita não possui um centro fixo de culto e, de fato, seus membros desaprovam construções ou qualquer alteração na paisagem natural.
Influência política e intrigas
Os agricultores, lenhadores e comerciantes de Tír na nÓg respeitam a pureza dos membros do Ciclo Inexorável e procuram não atrair sua ira. Embora desaprovem as atividades civilizadas, os membros da seita se concentram em causas mais importantes. Embora as cidades não tenham círculos do Ciclo Inexorável, nenhuma parte de Tír na nÓg está longe das terras selvagens sob a vigilância da seita. Os vizinhos frequentemente realizam rituais periódicos de purificação para se desculpar com a natureza pelo dano inevitável que causam, sob a orientação dos druidas locais do Ciclo Inexorável.
O Ciclo Inexorável e o Governo
Os governos das nações civilizadas às vezes entram em conflito com o governo pseudo-oficial de Tír na nÓg, como o de Hiawatha, influenciado pelos Guardiões do Bosque Eterno. Estes veem o fanatismo do Ciclo Inexorável com tristeza e tentam dissuadi-los de ações extremas; o Ciclo Inexorável, por sua vez, despreza a fraqueza percebida dos Guardiões. No entanto, na maior parte do tempo, os objetivos de ambas as seitas se alinham, mesmo que os métodos divirjam.
Os governos locais das planícies orientais de Tír na Nog consideram o Ciclo Inexorável inimigo de seu povo, emitindo avisos e tratando os druidas como criminosos procurados; até mesmo um seguidor mais moderado da seita pode ser atacado antes de ter a chance de falar.
Argos considera o Ciclo Inexorável uma organização terrorista. O Congresso Arcano, em particular, patrocina expedições de aventureiros para combater a seita em Tír na nÓg. Outros governos vizinhos não adotam uma posição tão extrema, mas veem a seita como perigosa e reagem rapidamente a incursões em seu território.
O Ciclo Inexorável e outras seitas
O Ciclo Inexorável considera a maioria das outras seitas como fracas e complacentes, com exceção dos Caminhantes da Neve, que desprezam como traidores da natureza.
Atitudes Específicas
-
Guardiões do Bosque Eterno: São demasiado complacentes, aceitando ataques à natureza em nome da coexistência pacífica. Os que devastam o mundo não hesitariam em arrasar seus bosques se isso lhes fosse útil, independentemente da coexistência.
-
Os Caminhantes da Neve: Pelo menos entendem que a natureza é implacável, mas estão dispostos a desencadear horrores sobre a terra, tornando-os igualmente perigosos aos seus inimigos.
-
Os Sentinelas do Véu: Honramos esses como os primeiros druidas, mas sua visão é demasiado estreita. Eles cuidam dos antigos portais e não percebem o perigo atual.
-
Os Poetas Esmeralda: São tolos e insignificantes. Alegam honrar a natureza, mas nada fazem para defendê-la.
