

Deuses Antigos
Em tempos imemoriais, quando as estrelas ainda sussurravam segredos aos que sabiam escutá-las, os Deuses Antigos caminharam entre os mortais.
Entidades de poder incomensurável, moldando os alicerces do mundo e tecendo os fios do destino com mãos invisíveis. Suas vozes ecoavam nos ventos, suas vontades se manifestavam nas marés, e seus olhos observavam através das chamas que dançavam nas fogueiras dos primeiros povos.
Com o passar das eras, os nomes desses deuses foram esquecidos, suas histórias tornaram-se lendas, e suas presenças dissiparam-se como neblina ao amanhecer. No entanto, suas essências persistem, ocultas nas sombras das florestas ancestrais, nas profundezas dos oceanos insondáveis e nos sussurros do vento que percorre as montanhas. São os ecos de uma fé ancestral, que poucos ainda seguem, aguardando o momento de serem redescobertos por aqueles que ousam buscar além do véu da realidade.

Preceitos da Fé Ancestral
Visão dos Deuses Antigos em relação aos Novos Deuses
"Eu já era velho quando a primeira cabra foi sacrificada em seu nome"
Ideais celebrados pelos membros
Compreensão. Apoio. Poder
Muitos deuses existiram em eras passadas, até que o Panteão pudesse surgir. Oferendas
foram feitas em seus nomes, promessas foram firmadas, pactos foram cumpridos e
cobranças foram feitas. Alderion é muito mais antiga do que a era dos homens pode
afirmar, e aqueles que caminharam na origem do mundo sabem o poder a quem
respondiam, e os sacrifícios que deviam ser feitos. Essa é a era da magia ancestral.
Antes do Panteão Soberano existir, antes dos humanos de Sarlona pisarem no continente de Alderion, muitas raças já existiam. Criaturas sem nome, sem sapiência, movidas por desejos primais e por conhecimento limitado. Ainda assim, raças dignas, com desejos e ambições, seres que olhavam para o horizonte e buscavam por respostas.
E elas vieram em forma de sussurros, presságios e sinais. E as raças ouviram.
Esses são os deuses ancestrais, que pavimentaram o mundo para que os deuses de hoje pudessem prosperar. Forças esquecidas, cujo poder ainda existe, para aqueles que sabem onde procurar.
Em uma rara noite sem lua, sob o céu estrelado de Alderion, um jovem aprendiz caminha ao lado de seu mestre ancião pelas dunas do deserto. O silêncio é quebrado apenas pelo som suave da areia sob seus pés. O mestre para e aponta para algo brilhando na areia: um fragmento de vidro, moldado pelo tempo e pelas tempestades. O ancião recolhe o pedaço de vidro e o segura contra a luz das estrelas.
"Este fragmento," diz ele, "é tudo o que resta da Cidade de Cristal, o primeiro lar dos Antigos Deuses. Antes que houvesse templos ou orações, havia esta cidade, onde os deuses caminhavam entre os mortais."
Ele conta que, em tempos imemoriais, os Antigos Deuses criaram a Cidade de Cristal como um reflexo do mundo mortal, um lugar onde a essência da vida e da morte se entrelaçava. Mas a ambição dos mortais e a vaidade dos deuses levaram à queda da cidade.
Em um ato de desespero, a cidade foi destruída, fragmentando-se em incontáveis pedaços de vidro espalhados pelo deserto. O jovem, segurando o fragmento, pergunta:
"E o que acontece após a morte?"
O ancião sorri tristemente.
"Quando a Cidade de Cristal caiu, os deuses criaram os Reinos do Além, lugares onde as almas dos mortais poderiam encontrar descanso ou recomeço. Cada fragmento de vidro é uma janela para esses reinos, um lembrete de que a morte não é o fim, mas uma passagem para outra existência."
Enquanto o vento sopra suavemente, o mestre entrega o fragmento ao aprendiz.
"Guarde-o bem," diz ele. "Um dia, você contará esta história a outro, e assim manterá viva a memória dos Antigos Deuses e dos reinos que eles criaram para além da morte."
Os Deuses Antigos e suas Doutrinas
Crom
Crom é um deus severo e sombrio que mora em uma montanha gelada coberta de névoas. De lá observa os mortais com reprovação. Crom confere aos mortais coragem, vontade de viver e capacidade de superar as adversidades, por isso reprova os guerreiros que morrem em combate.
Tenha coragem para lutar e vencer a adversidade.
Morra em batalha e seja esquecido.
Mitra
Mitra é a personificação da bondade, da verdade, da justiça e da compaixão; não aceita sacrifícios humanos, e seus adoradores praticam abnegação, honestidade e virtude, recusando a feitiçaria e substâncias entorpecentes. Mitra é simbolizado por uma fênix, e seus santuários são minimalistas, com um único ídolo servindo de foco de devoção.
Pela Verdade e Virtude, erguemo‑nos diante da Escuridão.
Odin
Odin, o Pai Supremo dos deuses antigos, perambula entre os nove mundos em busca de sabedoria, tendo sacrificado o próprio olho no poço de Mimir para desvendar os mistérios do cosmos. Empunhando sua lança Gungnir e acompanhado pelos corvos Hugin e Munin, ele rege as batalhas e o destino dos guerreiros mais valorosos. Soberano da magia rúnica e das profecias, molda o futuro com os fios do Wyrd.
Pela Sabedoria e Sacrifício, forjo o Destino.
Freya
Freya reina sobre o amor, a beleza e a fertilidade, conduzindo corações mortais com seu encanto e graça. Montada em sua charrete puxada por gatos e acompanhada pelo javali Hildisvíni, ela desliza pelos campos do destino, tecendo a magia profética do seiðr, acolhendo metade dos caídos em batalha no esplendoroso salão de Sessrúmnir, onde ecoam cânticos de honra e renascimento.
Pelo Amor e pela Lâmina, floresce a Graça e a Força.
Thor
Thor, o poderoso deus do trovão, empunha o martelo Mjölnir, forjado pelos anões, cuja força pode nivelar montanhas e retornar sempre à sua mão. Filho de Odin ele comanda tempestades e relâmpagos, protegendo Midgard das forças caóticas dos gigantes. Quando seu martelo ecoa pelos céus, ele é o guardião incansável da humanidade, erguendo sua justiça em meio ao trovão e ao rugido dos ventos.
Pelo Martelo e Trovão, guardião de Midgard.

Símbolo Sagrado dos Deuses Antigos