

Guardião
O Guardião é a personificação da ganância sem limites, do apetite insaciável e da decadência inevitável que espreita todas as coisas vivas. Irmão gêmeo de Zenithar, nasceu da união de Tymora com Moradin, mas onde sua contraparte simboliza a riqueza compartilhada e o valor do comércio, o Guardião representa o desejo de possuir tudo, de consumir até a última centelha de vida e luz.
É conhecido como a Fome no Escuro, sempre à espreita daqueles que se afastam demais da segurança da civilização ou se esquecem dos perigos da ambição desmedida.
Reza a lenda que ele é o único entre os deuses capaz de desviar almas do caminho para Dolurrh, o Reino dos Mortos — e que nenhuma alma capturada por ele jamais escapa de suas garras geladas.
Por causa dessa ligação com a morte, muitos necromantes o veneram, fazendo dele uma divindade central para cultos ligados à morte, à decadência e à manipulação das forças que regem a alma e o além.

Guardião - Deus da Morte e da Ganância

Alinhamento
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Neutro
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Maligno
Domínios
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Morte, Decadência, Mal, Ganância, Fome, Pacto
Arma Predileta
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Chicote
Doutrina
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O mundo pertence àqueles que têm a força de tomá-lo.
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Quem hesita, sangra. Quem engana, sobrevive.
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A lâmina mais afiada é aquela que não se vê.
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Para dominar o campo de batalha, domine primeiro os corações de seus inimigos.
Soberano da Decadência e dos Segredos
Embora nascido da união entre Moradin e Tymora, o Guardião é a negação
mais absoluta de tudo o que eles representam. Moradin molda a criação com
propósito e engenho; o Guardião apenas consome. Tymora distribui sorte e
abundância com generosidade; ele acumula com ganância e prende tudo à sua
vontade.
Com Zenithar, sua irmã gêmea, a relação é de contraste e desprezo. Onde ela
vê o comércio como uma troca justa, o Guardião vê apenas oportunidade de
engano, extorsão e pilhagem. Um representa o equilíbrio do fluxo de riquezas,
o outro, sua estagnação e putrefação.
Morhya observa o Guardião com horror. Para ela, a vida em comunidade e o lar
são sagrados; para ele, laços emocionais são fraquezas a serem exploradas. Já Moradin lamenta a corrupção de seu filho e recusa-se a pronunciá-lo como tal. Tymora, embora astuta e imprevisível, despreza a fome insaciável do Guardião. Enquanto ela permite que a sorte mude o destino, ele tenta fixar as almas sob seu domínio eterno.
Entre os membros do Panteão Sombrio, o Guardião mantém alianças frágeis e oportunistas. Escárnio compartilha de sua sede por controle, mas zomba de sua obsessão com a morte. Sombra respeita seu poder sobre as almas, embora ambos disputem domínio sobre os rituais arcanos proibidos. Com a Fúria, há um vínculo inquietante — como o fim inevitável da paixão que consome. E com o Devorador, há uma afinidade sombria: ambos ceifam vidas, ainda que um o faça com brutalidade, e o outro, com frieza silenciosa.
O Guardião está sempre à espreita — até mesmo dos deuses. Afinal, todos têm um fim… e ele estará lá para reclamá-lo.
Sacerdócio e Culto
Sacerdotes do Guardião devem entender intimamente os processos de vida e morte. Muitos foram curandeiros antes de se voltarem à escuridão, utilizando agora seus conhecimentos para melhor manipular a morte. Um sacerdote do Guardião precisa também compreender os pactos arcanos e os rituais que prendem almas ao seu domínio.
Missões sagradas em nome do Guardião geralmente envolvem assassinatos seletivos, a execução de rituais necromânticos complexos ou a obtenção de itens antigos que aprisionam almas ou estendem o domínio da morte. Às vezes, são incumbidos de interromper rituais de ressurreição ou de capturar almas prestes a escapar para Dolurrh.
Ritos e Orações: Rituais em nome do Guardião invariavelmente envolvem sacrifícios de sangue — desde o simples estrangulamento de um animal até execuções públicas de hereges ou prisioneiros. Muitos cultos realizam seus rituais em silêncio absoluto, acreditando que o som da morte é sagrado demais para ser ofuscado por palavras mortais.
Locais de Culto: Os templos do Guardião são frios, silenciosos e quase sempre subterrâneos. Criptas esquecidas, túmulos ancestrais e câmaras esculpidas nas profundezas da terra servem como seus salões sagrados. Altar particular de um fiel costuma ser decorado com caveiras, ossos polidos e símbolos entalhados em pedras negras.
A presença de um santuário do Guardião nunca é acolhedora, mas sempre poderosa — e aterradora.
