

Lotharion
Lotharion é um reino fascinante, imerso em tradições e espiritualidade, localizado em uma paisagem montanhosa deslumbrante. Governado pela Rainha Diani ir'Wynarn, o reino é profundamente influenciado pela Chama Prateada, religião que molda os valores e a vida cotidiana de seus cidadãos.
A capital, Pendragon, destaca-se por sua arquitetura imponente e catedrais resplandecentes, refletindo a luz da fé que permeia a sociedade.
A Ordem dos Cavaleiros de Solamnia, fundada por Ernest Stonegard, representa a força e a coragem do povo, comprometida com a proteção do reino e a defesa dos ideais de justiça.
Os lotharianos se orgulham de sua culinária rica e variada, que combina sabores intensos e sobremesas refrescantes, refletindo a paixão do povo por celebrar a vida.
Após a Última Guerra, Lotharion se reergueu com resiliência, unindo sua população em um esforço de reconstrução e revitalização. O reino mantém relações diplomáticas cautelosas com seus vizinhos, sempre buscando fortalecer laços enquanto protege seus interesses.
Com uma rica tapeçaria de história, cultura e fé, Lotharion é um bastião de esperança e proteção em Alderion, onde a tradição e a bravura se entrelaçam.

Rainha Diani ir'Wynarn

Diani ir'Wynarn é a soberana de Lotharion. Durante muitos anos, ela foi vista apenas como uma figura diplomática, com pouco poder real, enquanto o governo efetivo estava nas mãos do clero da Chama Prateada. No entanto, a rainha nunca se conformou com essa posição. Ela sabia que a corrupção estava enraizada na igreja e que o povo de Lotharion sofria sob o controle de líderes teocráticos mais interessados em manter o poder do que em servir a verdadeira fé.
Determinada a mudar essa realidade, Diani arquitetou um plano ousado. Em segredo, ela estabeleceu contato com os Draenei, uma raça exilada de outro plano que havia sido guiada para Lotharion pela própria Chama Prateada. Reconhecendo o chamado divino que os trouxe, Diani fez um acordo com os Draenei: em troca de cidadania e terras em Lotharion, eles a ajudariam a derrubar o regime corrupto e restaurar a fé na Chama.
Com a ajuda dos Draenei e do paladino Ernest Stonegard com sua Ordem dos Cavaleiros de Solamnia, Diani orquestrou uma série de ações precisas e decisivas para destituir o alto clero da Chama Prateada. Ao desmantelar o governo teocrático, ela se proclamou a nova Voz da Chama Prateada, unificando o poder político e espiritual em sua figura. A igreja, embora ainda central na vida dos cidadãos de Lotharion, passou por uma profunda reformulação sob sua liderança, eliminando as influências corruptas e restaurando o foco nos valores originais da fé.
Karan Durne, amiga pessoal da rainha e agora Protetora da Chama, é a responsável pela guarda de elite pessoal de Diani e da princesa Jaelle ir'Wynarn, atual Voz da Chama, garantindo a segurança da família real em tempos incertos. Karan e suas forças permanecem leais à rainha, zelando pela continuidade de sua liderança e pela proteção da Chama Prateada.
A aliança com os Draenei não só ajudou Diani a retomar seu trono de direito, mas também consolidou uma nova era em Lotharion, onde fé, justiça e lealdade são os pilares do reino. Sob o comando firme de Diani ir'Wynarn, Lotharion avança, reconstruindo-se após os anos de opressão teocrática e reforçando sua posição como uma nação dedicada à Chama Prateada.
Visão Geral do Reino
Glória à Chama Prateada - Lema da Nação
Capital: Pendragon
Situação: Reino fundador com soberania absoluta pelo Tratado de Thronehold
Metrópoles: Paladine, Syberis, Granamyr, Bahamut, Exodar
Clima: Temperado
Principais produtos: Artesanato, Jóias Draenei, Tecidos, Algodão, Missionários
Pontos de interesse: Catedral da Chama Prateada, Academia da Ordem de
Solamnia, Espiral da Tempestade
Raças encontradas no reino: 70% humanos, 10% elfos, 9% gnomos, 6% draenei,
5% outros
Lotharion sempre foi uma nação profundamente ligada à sua fé, e em 299 AE, a construção da Catedral da Chama Prateada marcou o início de uma nova era espiritual para o reino. Um ano depois, o primeiro Voz da Chama foi nomeado, tornando-se o líder espiritual que se comunicava diretamente com a Chama Prateada, guiando o povo por meio de seus ensinamentos.
Em 892 AE, no auge da Última Guerra, o povo de Lotharion, cansado dos conflitos e sofrendo as consequências de uma monarquia enfraquecida, optou por abandonar o regime monárquico. Eles entregaram o poder ao Guardião da Chama e ao Conselho dos Cardeais, criando a primeira teocracia de Alderion. A família ir'Wynarn, que até então governava o reino, passou a ter um papel puramente simbólico, com seus herdeiros sendo regentes apenas no nome, sem nenhum poder real.
A nova teocracia trouxe segurança e unidade para Lotharion, mas também gerou ressentimento entre seus vizinhos, uma vez que Lotharion passou a lutar pela Chama Prateada, e não mais pelos ideias de Galifar para unir os cinco reinos. Durante a guerra, Lotharion expandiu seus territórios, tomando terras de Argos e Britúnia, e cometeu atos que deixaram marcas profundas, como o polêmico acolhimento dos Draenei, uma raça de outro plano, enquanto negava ajuda aos refugiados de Cyre, que haviam perdido suas terras e lares devido à devastação da guerra.
Essa escolha de acolher uma raça desconhecida em detrimento de seu próprio povo gerou grande desaprovação entre os outros reinos, que consideraram o repúdio aos cyranos uma traição. Como resultado, os Draenei tendem a permanecer apenas em Lotharion, isolados do resto do continente. Os sobreviventes da tragédia de Cyre, por sua vez, desenvolveram um forte preconceito contra os Draenei, considerando-os usurpadores de um apoio que deveria ter sido dado a eles.
Lotharion vive cercado por inimigos e desconfiança. Suas fronteiras com várias nações que outrora foram suas rivais — Argos, Britúnia, Karrnath e outros reinos — fazem com que o povo lothariano sinta-se constantemente sob ameaça. Mas, apesar de todos os desafios, os cidadãos de Lotharion encontram conforto e força na Chama Prateada, a qual acreditam nunca ter falhado com eles.
Reforma e renascimento sob a Rainha Diani
A Rainha Diani ir’Wynarn, herdeira legítima do trono, havia sido deposta por um conclave radical do Alto Clero da Chama Prateada. Esse grupo fanático, corrompido por sede de poder, havia transformado a fé em instrumento de dominação, instaurando uma teocracia opressora e militarizada. Contando com o apoio de nobres decadentes e mercenários ávidos por ouro, os cardeais da falsa pureza tomaram a capital e baniram a rainha para as fronteiras do reino, onde vivia sob constante vigilância, prisioneira em sua própria terra.
Foi nesse cenário que Ernest Stonegard, recém-retornado de sua missão épica à Espiral do Dragão, surgiu como farol de esperança. Trazia consigo os últimos cavaleiros da antiga ordem de Kiri-Jolith, despertos de um sono encantado — e entre eles, uma presença inesperada: um guerreiro de pele azulada e olhos como cristais, chamado Grev'har. Ele não era humano, mas um draenei, membro de um povo exilado que vagava entre os mundos após a destruição de sua terra natal por forças demoníacas.
Grev'har havia lutado lado a lado com Ernest e os cavaleiros na Espiral do Dragão, ajudando a selar o abismo que ameaçava devorar o mundo. Foi nesse momento de confiança forjada pelo combate que revelou sua história: os draenei, profundamente devotos de uma força luminosa que se assemelhava à Chama Prateada, buscavam um lar — não apenas um refúgio, mas um lugar onde pudessem reconstruir sua civilização, proteger os valores da fé, da coragem e da honra.
Sabendo que os poucos cavaleiros resgatados não seriam suficientes para devolver a rainha ao trono, Grev'har fez a proposta. Se a rainha estivesse disposta a acolher seu povo e garantir-lhes terras para viver com dignidade, ele traria o poder de um exército inteiro — uma força marcial treinada por gerações na guerra contra o mal abissal. Diani, com o coração puro e a mente astuta, viu ali não apenas uma aliança, mas a realização de um destino comum. Seus ideais e os dos draenei se alinhavam: justiça, liberdade, proteção dos inocentes e fé na luz.
A Rainha Diani, Ernest, Grev'har e os cavaleiros então traçaram planos por anos. Movimentaram-se nas sombras, construindo alianças com nobres ainda fiéis, despertando células dormentes de resistência dentro das cidades, e comunicando-se em segredo com os líderes draeneis dispersos pelos ermos de Alderion. A cada mês, mais e mais reforços chegavam em silêncio, treinavam-se em segredo, armavam-se para o dia do levante.
E esse dia finalmente chegou.
Sob o clarão de uma aurora cinzenta, os estandartes da Rainha Diani foram erguidos nas muralhas de Pendragon, marcando o início da marcha pela redenção do trono. As cidades que ainda se lembravam do brilho de sua coroa abriram os portões de bom grado. O povo, inspirado pelas armaduras resplandecentes dos cavaleiros de Solamnia e pela imponência mística dos draenei, levantou-se em revolta. Os cardeais da falsa fé foram depostos, os senhores da corrupção levados a julgamento, e os portões da capital foram abertos com glória.
A entrada triunfal da Rainha Diani foi marcada por um silêncio reverente, quebrado apenas pelo soar dos sinos da catedral — não como símbolo de dominação religiosa, mas como cântico de libertação. Ao seu lado marchavam Ernest, com a cabeça erguida e o olhar firme, e Grev'har, erguendo o estandarte de seu povo pela primeira vez em solo que agora chamaria de lar.
A restauração foi mais do que uma vitória militar. Foi a união de dois povos, de duas fés, em um mesmo ideal. Em honra ao sacrifício de Solamnus Stonegard, A Rainha Diane concedeu a Ernest terras centrais que se tornariam a cidade de Solamnia. E em reconhecimento eterno por seus esforços, nomeou o paladino como Grão-Cavaleiro de Lotharion, e concedeu à Ordem dos Cavaleiros de Solamnia o direito de existir como força autônoma, não vinculada ao trono, mas à defesa do povo e dos valores que haviam libertado o reino.
Aos draenei, foram concedidas terras nas regiões altas de Exodar, onde hoje constroem suas torres cristalinas e templos dedicados à Luz Viva. Grev'har, reverenciado como herói e visionário, tornou-se embaixador de seu povo e conselheiro da própria rainha.
Desde então, a Ordem dos Cavaleiros de Solamnia permanece como guardiã da virtude em Lotharion — e sua fundação está para sempre entrelaçada com o sacrifício de Solamnus, o heroísmo de Ernest, a honra de Grev'har e a astúcia da Rainha Diani.
Lotharion depois da guerra
Hoje, Lotharion ainda se recupera das cicatrizes deixadas pela Última Guerra. Seus cofres estão quase vazios, e o reino deve grandes quantias a várias Casas da Marca do Dragão, especialmente à Casa Kundarak. A reconstrução das cidades, devastadas pelos conflitos com Britúnia, Karrnath e outros reinos, avança lentamente, e os cidadãos enfrentam uma alta carga tributária para financiar a recuperação.
A presença das Casas da Marca do Dragão continua sendo necessária, mas elas devem operar sob as rígidas normas impostas pela nova liderança religiosa. Muitos cardeais corruptos foram removidos, e agora as Casas precisam lidar de forma diplomática e astuta com os novos líderes espirituais.
Apesar dos desafios econômicos e políticos, o reino de Lotharion mantém sua identidade como um bastião da fé na Chama Prateada. A magia divina é predominante, e muitos lotharianos dedicam suas vidas à devoção e ao serviço da Chama. A magia arcana, embora não proibida, é vista com certa desconfiança, sendo considerada uma distração do verdadeiro caminho. Religiões estrangeiras, como o Sangue de Vol, são ativamente repudiadas, e Lotharion jamais perdoou Karrnath por sua aliança com essa heresia.
Lotharion segue adiante, reconstruindo-se sob a liderança de Diani ir'Wynarn e guiado pela luz inabalável da Chama Prateada, um farol de esperança em tempos sombrios.

Brasão de Lotharion
O Povo
As peculiaridades e costumes dos lotharianos

A grande maioria dos lotharianos são honestos, orgulhosos e passionais, devotos à Catedral da Chama Prateada. Eles se dedicam igualmente à família e ao trabalho, e em Lotharion, nada é feito pela metade. Quando um cidadão se compromete com algo, ele vai até o fim. Embora poucos sejam fanáticos religiosos, a maioria acredita na Chama Prateada como uma força que guia suas vidas e lhes dá propósito. A Chama ensina seus seguidores a lutarem contra o mal em todas as suas formas, sejam demônios, mortos-vivos, aberrações, ou a corrupção que se enraíza na alma humana. Um paladino da Chama Prateada, ao detectar o mal em alguém, é instruído a tentar resgatar essa alma e guiá-la de volta à luz, em vez de punir ou destruir. No entanto, esse é um caminho árduo, e muitos lotharianos, apesar de seus esforços, não alcançam esses elevados ideais.
O impacto dos Draenei, que como dito pela rainha ao povo, foram trazidos a Lotharion pela própria Chama Prateada por meio das visões dadas à Princesa Jaelle ir'Wynarn, foi profundo e transformador. Os lotharianos os veem como seres espiritualmente elevados, quase emissários divinos, enviados para guiar e restaurar o reino. A presença dos Draenei reforçou a fé da nação tanto na rainha quanto na igreja, enriquecendo a vida espiritual do povo e fortalecendo seu senso de dever moral e de uma causa maior.
No geral, os lotharianos vivem de forma simples e moderada, conforme os princípios da Chama Prateada. Jogos de azar, bebedeira e excessos são mal vistos pela igreja, e uma vida regrada é amplamente incentivada. Desde que a rainha Diani ir'Wynarn recuperou o poder, assumindo tanto o trono quanto e passando para sua filha o papel de Voz da Chama Prateada, a maioria do povo de Lotharion gradualmente aceitou essa união de autoridade política e espiritual. Agora, o poder da rainha e da Chama é visto como uma única liderança. Alguns cidadãos mais radicais ainda questionam o papel da igreja no âmbito político, mas a maioria acredita que a fusão entre a coroa e a fé trouxe equilíbrio ao reino, consolidando o poder e a justiça sob uma única liderança.
Culturalmente, Lotharion valoriza o controle e a temperança, mas quando um lothariano expressa suas emoções, isso é feito de maneira intensa. Ofensas ou irritações podem resultar em reações rápidas e contundentes, embora seja considerado rude gritar. As respostas, portanto, são mais focadas e precisas. Desde jovens, os lotharianos aprendem as regras de humildade e respeito, mas os mais sábios também aprendem a desafiar essas regras sem necessariamente violá-las. Quando bem-sucedidos, seus erros são facilmente perdoados.
Muitos estrangeiros consideram essa conduta complicada, mas os lotharianos a veem como um sinal de precisão e honra. Nas interações com autoridades ou anciãos, os jovens tendem a ser educados e reverentes, mas entre seus iguais, são passionais e intensos, muitas vezes resolvendo conflitos com fervor até que as diferenças sejam superadas.
Os lotharianos não se veem como fanáticos ou hipócritas. Embora haja extremos dentro de sua sociedade, atitudes excessivamente zelosas são vistas como vilanescas, não heróicas. A paixão lothariana se aplica a todos os aspectos da vida, não apenas à religião. Seus heróis não são insensatos em batalha, e o cidadão comum tem um forte senso de certo e errado. Muitos dedicam suas vidas a proteger o que sabem ser correto, apoiando aqueles que estão dispostos a fazer o mesmo sacrifício.
Ordem de São Dumas
O braço de inteligência e ministério da Igreja da Chama Prateada, dedicada à defesa dos inocentes contra ameaças sobrenaturais e à proteção dos interesses de Lotharion. Originalmente, a Ordem surgiu para localizar, destruir ou conter objetos amaldiçoados e itens mágicos excepcionalmente perigosos, sempre agindo nas sombras – mesmo quando tais artefatos estavam em enclaves de casas dracônicas ou sob a posse de nobres, a Ordem encontrava um modo de cumprir sua missão. Essa função fez da Ordem de São Dumas os mais experientes operativos secretos da Igreja da Chama Prateada.
Com a ascensão do poder teocrático e a evolução da Última Guerra, a Ordem passou a ter tarefas adicionais, como sabotar ativos mágicos poderosos de nações inimigas e adquirir ferramentas arcanas que possam fortalecer a posição política e mágica de Lotharion. Hoje, a Ordem de São Dumas atua também como agência de inteligência, com foco na coleta e estudo de itens mágicos, visando expandir a influência de Lotharion no cenário mundial.
Organização
O Ministro Nystrum Shadar responde diretamente à Rainha Diani
ir'Wynarn e comanda a Ordem através de vinte e quatro diretores,
cada qual liderando equipes especializadas. As equipes de pesquisa
são divididas por tipo de item mágico, enquanto mensageiros, espiões
e coletadores de informações são organizados por nação.
Um dos diretores mais destacados é Lycia Velencor, Diretora de
Pesquisa de Artefatos.
Os agentes da Ordem, conhecidos como Espadas de Azrael, são
classificados por cores – branco, preto e cinza – em ordem crescente
de influência. Os agentes brancos interagem apenas com um único
ponto de contato, enquanto os agentes pretos estão mais integrados à
organização. Já os agentes cinza têm autonomia para comandar suas
próprias missões, sendo selecionados pessoalmente pelo Ministro
Shadar.
Atividades
A Ordem de São Dumas é uma organização altamente secreta. Embora
o Ministro Shadar seja um ex-general do exército amplamente
conhecido, muitos em Lotharion presumem que ele vive uma
aposentadoria tranquila após a Última Guerra. Outros membros de
agências de inteligência, como a Cidadela do Rei ou os Olhos do
Destino de Argos, estão mais familiarizados com a existência e os feitos da Ordem.
Diferentemente de algumas outras agências, é possível deixar a Ordem; entretanto, os membros que se desligam estão sujeitos a um feitiço que os obriga a não revelar os segredos da organização.
Em suma, a Ordem de São Dumas se destaca tanto por sua tradição em neutralizar ameaças sobrenaturais quanto por seu papel estratégico na obtenção e controle de poder mágico e político para Lotharion. Os Espadas de Azrael são considerados os mais hábeis operativos secretos, garantindo que os segredos e interesses da nação permaneçam seguros, independentemente das adversidades.

Estilo de Vida
O dia a dia do povo lothariano
Enquanto Lotharion continua a mostrar influência de sua raiz galifariana, a Catedral da Chama Prateada acabou suplantando o estilo vigente por algo mais próximo de seus ideais. Isso torna Lotharion bastante peculiar.
Os homens costumam usar coletes abertos, evidenciando seu peitoral. Acredita-se que a força da Chama Prateada emana do coração das pessoas. Alguns jovens têm utilizado peças de armadura em suas vestimentas, criando um visual interessante. Muitos não chegaram a ver a Última Guerra, mas cresceram ouvindo muitas histórias. Talvez isso tenha influenciado sua vestimenta, para parecerem mais com os heróis que conheceram apenas nos contos.
As mulheres também costumam usar casacos bem trabalhados e elegantes, com detalhes que fazem alusão à Chama. Elas optam pelo uso de calças e botas, com uma saia entreaberta que alcança até o calcanhar.
O uso de roupas longas e claras é predominante no reino. Listras prateadas são o tipo de adorno mais encontrado nas túnicas usadas pelo povo. As armaduras dos soldados,

entretanto, tendem a ser extremamente polidas, quase brilhantes, com túnicas azul-escuras que exibem o símbolo da Chama Sagrada ocupando todo o peito, e longas capas cinzas adornando as costas.
Cinco sacramentos da Catedral da Chama Prateada
"Acreditar na Chama Prateada" - A voz da Chama Prateada jamais mente. Ela o guiara através do caminho da glória e da salvação.
"Ouça as palavras da Voz da Chama" - A Voz da Chama Prateada é o sua emissária, e através dela que a Chama fala.
"Lute contra o mal em todas as suas formas" - Nem todos precisam ter a força ou convicção de um paladino, mas existem muitas maneiras de lutar contra o mal, que não exigem o uso de uma espada. Permaneça vigilante, pois uma coisa que o mal sabe fazer bem é se esconder em plena luz do dia.
"Leve uma vida nobre, e encoraje os outros a fazer o mesmo" - Tentações existem, mas os sábios as reconhecem e sabem como evitá-las. Se você morre com o espírito puro, se juntara para sempre à Chama Prateada.
"Divida sua fé" - A Chama Prateada pode purificar até o mais sombrio espírito. Espalhe o poder da Chama com aqueles que ainda não a abraçaram.
Expressões usadas no reino
“Que a Chama me perdoe” Expressão usada normalmente antes de um insulto ou maldição.
“Que sujo!” Expressão de descontentamento.
Artes
Expressão artística e decoração lothariana
O povo de Lotharion segue as regras da Chama Sagrada em todas as suas formas de expressão. Desde a mais fina arte até a escultura, a forma mais popular de estilo artístico é a Kree-Flamejante, uma forma estilizada que utiliza cubos e triângulos para criar formas e imagens. Jasp Kree, pioneiro no estilo, serviu como Mestre Artista para o Guardião Traelyn Chelios, ajudando a estabelecer os princípios do estilo flamejante. Desde vitrais de igrejas até a decoração das casas das cidades, quase todos os estilos flamejantes homenageiam a Chama Prateada e suas figuras sagradas.
Claro que nem todos aderem a esse estilo, e o estilo pré-reinado tem ganhado força, sendo uma forma de arte que exalta emoções fortes, desejos primais e tópicos mais reais do que o estilo flamejante. Embora não seja proibido, muitos líderes religiosos conservadores consideram essa arte como frívola, tola e, em casos extremos, perversa.

Chama e Vida - Traelyn Chelios
Arquitetura
Construções e cidades de Lotharion
A arquitetura de Lotharion segue grande parte do estilo galifariano, com torres, fortes e grandes casas de pedra e madeira escura. Em alguns lugares, o estilo antigo foi modificado para se adaptar ao estilo flamejante, enquanto obras mais novas são construídas totalmente sob o novo estilo.
O estilo flamejante emprega altas janelas e arcos abertos que permitem grande uso da luz externa, criando grandes espaços para reverenciar o poder da Chama Prateada. Dos centros urbanos às grandes cidades do reino, Lotharion se cerca de elementos religiosos, edifícios e arte que dão a impressão de que todo o reino faz parte de uma grande e única igreja.
Com o fim da Última Guerra, Lotharion iniciou programas de reconstrução do reino, bem como a construção de novos edifícios, como a impressionante Torre dos Cardeais, que está sendo construída em Paladine (muito provavelmente para provocar Argos).
Enquanto o coração e a alma se concentram na Chama Sagrada, o estômago do lothariano procura um tipo diferente de experiência religiosa. Muitos acham que a vida em Lotharion é sem graça ou sem novidades, mas, no que se refere à comida, dificilmente se sentem desapontados. “É como um sopro de fogo em meio à gélida noite de inverno”, disse a princesa Wroya da Britúnia durante uma visita diplomática à cidade.

Grandes vitrais decoram os templos da Chama Prateada
Culinária
Sabores e temperos de Lotharion
Apesar de sua reputação como uma teocracia puritana, a nação central de Alderion, Lotharion, possui uma longa e rica tradição culinária. Essa maestria gastronômica é exibida com maior destaque durante o Banquete da Chama Prateada, onde um prato se destaca acima dos demais: Carne Thrakel Frita com Ervas. Fiel à tradição lothariana, tiras de bife de flanco são imersas em óleo fervente temperado com de tomate e toques de gengibre, soja e alho. Cebolinha e cebola acrescentam um toque picante a essa explosão de sabores, famosa em toda Alderion.

A carne thrakel com cerveja de Braavos é o destaque em Lotharion
Relações Exteriores
A visão da maioria dos cidadãos sobre os reinos vizinhos

Mads Zaharno, caçador e açougueiro em Blaviken, diz o seguinte:
Britúnia: "Britúnia tem uma história rica e um espírito inovador, mas sua busca incessante por poder e controle sempre me deixou desconfiado. Seu crescimento econômico é impressionante, mas há uma certa frieza em como tratam as questões espirituais. Dizem que o rei Hastur ainda venera deuses esquecidos, algo que um monarca não deveria fazer. Sua fé deve ser a sua fortaleza, ainda mais com sua idade avançada. Eles podem ser uma grande nação, mas a falta de uma verdadeira devoção me preocupa."
Lotharion: "Lotharion é minha casa. Para mim, não há nada mais importante do que a Chama Prateada e a rainha Diani. Nossa devoção nos guia, e vejo o poder divino em nossa liderança. Somos uma nação que luta pelo bem maior, e nossa fé é o que nos mantém fortes, mesmo diante das adversidades. Lotharion sempre será a luz que combate a escuridão no mundo."
Argos: "Argos é uma nação fascinante, com suas inovações tecnológicas e a misteriosa Hextech. Mas não posso deixar de sentir um desconforto. Sua mistura de magia e tecnologia é poderosa, mas eu temo que essa ambição descontrolada possa um dia se voltar contra eles. A ciência e a magia podem ser uma ferramenta do bem, mas precisam ser usadas com responsabilidade. Espero que o rei Victor não perca isso de vista."
Cyre: "Cyre foi uma tragédia que abalou todo o mundo. Antes da devastação, era uma nação vibrante e criativa, mas suas ambições os levaram à ruína. O Cataclismo é uma lição de que brincar com forças que não entendemos sempre tem um preço. Meu coração se parte pelos refugiados de Cyre, mas ainda me pergunto se a nação poderia ter evitado sua queda se tivesse buscado a luz da Chama."
Dargunn: "Eu vejo Darguun com receio, principalmente pela sua hostilidade e isolamento, já que não buscaram a soberania pelo Tratado de Thronehold. Embora eu admire a cultura guerreira deles, a falta de diálogo gera desconfiança. Acredito que a hostilidade não traz benefícios e que o entendimento mútuo poderia abrir caminho para uma relação mais positiva. Contudo, a postura de Darguun torna difícil confiar e compreender suas verdadeiras intenções."
Kalimdor: "Kalimdor é uma terra de monstros e caos. Seus líderes, se é que podem ser chamados assim, são criaturas brutais e sem compaixão. Embora eu reconheça que toda criatura tem um lugar no mundo, a falta de moralidade em Kalimdor é alarmante. Não posso aceitar um reino onde o poder é alcançado pela força bruta e onde não há lugar para a luz da justiça."
Tír na nÓg: "Uma terra de beleza selvagem, e tenho grande respeito por aqueles que vivem em harmonia com a natureza. Seus druidas têm uma conexão poderosa com o mundo natural, algo que eu posso admirar, mesmo que sua visão do mundo seja diferente da nossa. Porém, sem uma força maior para guiá-los, temo que se tornem presas de seu próprio isolamento."
Karrnath: "Karrnath é uma nação militarista que respeita a força acima de tudo. A aliança com o Sangue de Vol me preocupa profundamente. Usar mortos-vivos como armas é uma aberração, um verdadeiro desvio do caminho da Chama. Respeito sua força, mas não posso apoiar as práticas que corrompem a alma. O povo de Karrnath merece mais do que um governo que explora as trevas."
Arquipélago de Windsan: “Uma terra de piratas e aventureiros, governada por aqueles que só seguem suas próprias leis. Embora admire a liberdade que eles pregam, essa falta de ordem inevitavelmente leva ao caos. A justiça e a lei são necessárias para a verdadeira prosperidade, e é por isso que Windsan sempre será um lugar perigoso, onde não se pode confiar em ninguém."
Zilargo: "Um reino de ilusões e prazeres efêmeros. Enquanto nós seguimos a luz da Chama Prateada, os gnomos se perdem em distrações mundanas. Admiro sua hospitalidade e engenhosidade, mas sua falta de propósito maior me preocupa.A verdadeira grandeza não está em espetáculos e jogos, mas na retidão e no serviço ao bem maior."
Khaz Modan: "Khaz Modan, com suas vastas montanhas e riquezas minerais, é uma terra de grande potencial. Seus anões são trabalhadores e orgulhosos, mas tenho receios sobre sua obsessão pelas riquezas e pelas profundezas. O orgulho pode ser uma qualidade nobre, mas também pode levar à queda. Espero que não se percam em suas próprias ambições subterrâneas."
Planícies de Khitai: "As Planícies de Khitai são lar de povos nômades e guerreiros ferozes. Eles têm uma ligação profunda com suas montarias tecmericas e uma sabedoria ancestral que respeito, mas sua relutância em aceitar as mudanças do mundo moderno os deixa isolados. Há algo de primitivo em sua cultura que é tanto admirável quanto preocupante. Não sei se estão preparados para o futuro que está por vir."
Turan: "Os guerreiros de Turan são temíveis, vivendo apenas para a batalha. Eles são honrados à sua maneira, mas essa devoção cega à guerra me incomoda. Acredito que há mais na vida do que apenas lutar, e viver apenas para a glória no campo de batalha é desperdiçar o verdadeiro potencial de uma nação. Turan deveria buscar mais do que apenas conquistas militares."
Aquilônia: "Aquilônia é um lugar selvagem e ainda em grande parte inexplorado. Respeito os pioneiros que tentam construir algo lá, mas as criaturas perigosas e os dinossauros que habitam a região são um desafio constante. O equilíbrio entre civilização e natureza é algo que Aquilônia ainda não encontrou, mas acredito que com a fé e a liderança certas, isso pode ser alcançado."
Lugares Importantes
As cidades mais importantes e pontos de interesse do reino

Pendragon - A capital do reino
Pendragon é a majestosa capital de Lotharion, um centro pulsante de fé, cultura e poder. A cidade é conhecida por suas imponentes construções de pedra clara, adornadas com detalhes em prateado que refletem a luz da Chama Prateada, simbolizando a devoção do povo lothariano.
De todos os lugares da cidade é possivel
ver a grandiosa Catedral da Chama Prateada, uma obra-prima arquitetônica que serve como o centro espiritual do reino. Suas altas torres se elevam em direção ao céu, parecendo tocar as nuvens, e seus vitrais coloridos contam a história dos santos e figuras sagradas veneradas pelo povo.
As ruas de Pendragon são largas e bem cuidadas, ladeadas por jardins floridos e fontes que jorram água cristalina. A atmosfera é repleta de um misto de reverência e alegria, com habitantes frequentemente se reunindo nas praças para celebrar festivais e rituais em honra à Chama Prateada. Mercadores oferecem uma variedade de produtos, desde artesanato fino até especiarias exóticas, refletindo a rica cultura e a diversidade do reino.
A cidade é dividida em diversos distritos, cada um com seu próprio caráter. O distrito religioso, onde a catedral está localizada, é um local de meditação e celebração, repleto de templos menores, centros de aprendizado e espaços de oração. Os cidadãos, em sua maioria, vestem-se de forma a refletir a estética lothariana, com roupas longas e claras, muitas vezes adornadas com listras prateadas.
Pendragon também abriga a residência da rainha Diani ir'Wynarn, um palácio imponente que reflete tanto a força quanto a compaixão de sua governante. O palácio é um centro de atividades políticas e sociais, onde líderes de diversas partes do reino se reúnem para discutir questões importantes e tomar decisões que moldam o futuro de Lotharion.
A cidade é cercada por muralhas robustas que garantem a segurança de seus habitantes. No entanto, as portas de Pendragon estão sempre abertas aos viajantes e aventureiros, que são recebidos calorosamente, desde que respeitem as tradições e a fé do reino.
Com a Chama Prateada iluminando seus caminhos, Pendragon é mais do que uma simples capital; é um símbolo da renovação e da esperança do povo de Lotharion, um lugar onde o passado é reverenciado, o presente é celebrado e o futuro é construído com fé e determinação.
Academia dos Cavaleiros de Solamnia
A Ordem dos Cavaleiros de Solamnia é uma das instituições mais veneradas de Lotharion, representando a essência da coragem, honra e serviço ao reino.
Fundada pelo ilustre paladino Ernest Stonegard, essa ordem nasceu de uma busca pessoal e heroica para resgatar seu pai, raptado por um poderoso demônio. Com a ajuda dos primeiros

paladinos de Lotharion, a antiga Ordem de Kiri-Jolith, que ele libertou de um estado de congelamento temporal, Ernest não apenas salvou seu pai, mas também se comprometeu a proteger Lotharion e sua rainha, Diani ir'Wynarn.
Os Cavaleiros de Solamnia não são meramente guerreiros; eles são guardiões da justiça e da moralidade, guiados por dois princípios fundamentais conhecidos como "O Voto e a Medida". Este código orienta suas ações, exigindo lealdade à Chama Prateada e ao povo lothariano, enquanto os encoraja a agir com integridade e compaixão. Essa devoção os torna símbolos de esperança e força, especialmente em tempos de incerteza e conflito.
Com sua sede localizada na terra de Solamnia, Ernest recebeu vastas propriedades como recompensa por seus serviços ao reino, transformando-a em um centro de formação para novos cavaleiros. Essa base se tornou um farol para jovens lotharianos que aspiram a servir e defender seu lar, seguindo o legado de coragem e honra deixado por Ernest e pelos antigos paladinos.
Em tempos de paz, os Cavaleiros de Solamnia dedicam-se à proteção das comunidades e à promoção de valores cívicos, servindo como conselheiros e líderes locais. Em tempos de crise, eles se erguem como a linha de defesa contra ameaças, prontos para sacrificar tudo pela segurança e prosperidade do reino.
A presença da Ordem dos Cavaleiros de Solamnia em Lotharion vai além da mera proteção militar; eles são os pilares que sustentam a moral e a fé do povo. Com suas armaduras reluzentes e corações valentes, os cavaleiros inspiram uma geração a lutar por um futuro melhor, perpetuando a tradição de valor que define o caráter do reino. A importância dos Cavaleiros de Solamnia para Lotharion é, portanto, inegável — eles são a ponte entre o passado heroico e um futuro repleto de esperança.

Espiral da Tempestade
A Espiral da Tempestade é uma formação colossal de pedra localizada em uma região montanhosa de Lotharion, conhecida por sua beleza sublime e atmosfera carregada de mistério.
Este marco natural tem a forma de uma cabeça draconiana que se eleva em direção ao céu, com as rochas foscas e tons de prata, refletindo a luz do sol e criando um espetáculo de cores que parece dançar com a brisa. Acredita-se que essa formação seja um local sagrado, onde a Chama Prateada se manifesta de maneira poderosa.
A Espiral da Tempestade é vista como um símbolo da conexão entre os mortais e a Chama Prateada, servindo como um ponto de peregrinação para os devotos que buscam fortalecer sua fé.
Acredita-se que as tempestades que frequentemente se formam ao redor da espiral sejam manifestações da própria vontade da Chama, um sinal de que os deuses observam e se importam com os habitantes de Lotharion.
Rituais e cerimônias religiosas são realizados em suas proximidades, com os sacerdotes da Chama Sagrada frequentemente convocando os fiéis para orações e oferendas durante as tempestades.
Histórias antigas falam de um grande paladino que, durante uma batalha contra forças malignas, encontrou a Espiral da Tempestade e recebeu visões da Chama Prateada. Acredita-se que sua determinação e fé conseguiram acalmar uma tempestade furiosa que ameaçava destruir o reino. Como recompensa, a Chama concedeu ao paladino a sabedoria e força necessárias para se tornar um defensor de Lotharion. Desde então, os cidadãos de Lotharion consideram a Espiral da Tempestade um local onde a bravura e a fé se encontram, inspirando novas gerações a lutar por justiça e bondade.
A região ao redor da Espiral da Tempestade é marcada por trilhas íngremes e vistas de tirar o fôlego, atraindo aventureiros e exploradores em busca de desafios e novas experiências. O fenômeno natural das tempestades, que frequentemente cercam a formação, é uma atração à parte, oferecendo um espetáculo dramático de relâmpagos e trovões que encantam e amedrontam os visitantes.
Com o aumento do turismo religioso e de aventura, esforços estão sendo feitos para preservar a integridade da Espiral da Tempestade. A Guarda da Chama e grupos de devotos trabalham em conjunto para garantir que a área permaneça sagrada e respeitada, proibindo atividades que possam danificar o local ou perturbar os rituais realizados ali.
A Espiral da Tempestade não é apenas uma maravilha natural, mas um símbolo poderoso da conexão entre Lotharion e a Chama Prateada, refletindo a busca eterna do povo por fé, coragem e proteção divina.