

Nordheim
Nordheim, o Reino do Gelo e da Fúria, é uma terra isolada e implacável, situada no extremo norte de Alderion, onde apenas os mais fortes sobrevivem.
Dividido entre os humanos berserkers da tribo Presas de Prata e os imponentes Golias de Jötunheimr, Nordheim é um reino de guerreiros e lendas, forjado pelo frio e pela guerra contra forças sombrias. A natureza cruel desse território moldou um povo feroz, ligado às suas tradições e indiferente ao restante do mundo, pois aqui, apenas a força, a honra e o espírito inquebrantável definem quem reina e quem perece.
Nas ilhas humanas, Aesgard, Hyperborea, Vanaheim e Skellige, os Presas de Prata e Crias de Fenris vivem sob a liderança do Jarl Albrecht Odinson, o portador da Coroa de Prata. Mais do que simples guerreiros, eles são os guardiões contra o avanço do exército Draugr, uma horda de mortos-vivos ancestrais que ameaça consumir Nordheim em trevas eternas. Unidos pela sua fúria berserker e pelo vínculo com a lua, esses guerreiros-lobisomens defendem suas terras com uma determinação inabalável, mantendo rituais, caçadas e batalhas sagradas para fortalecer seu laço com os espíritos antigos.
Enquanto isso, nas ilhas geladas de Jötunheimr, Hrungnir, o ancião descendente direto de Gorvian, lidera as tribos Golias. Criados da rocha e do gelo pelo próprio Ymir, os Golias vivem em um ciclo de provações e desafios, provando sua força em combates rituais e resistindo à ameaça constante dos Trullans, criaturas gigantescas que buscam destruir seu povo. Seguindo as constelações formadas pelo corpo de seu deus, eles honram a memória de Ymir e Atali, carregando o legado do Unificador enquanto enfrentam um mundo que deseja vê-los cair.
Nordheim é um reino de isolamento e guerra, onde a força governa e a fraqueza é consumida pelo frio e pela escuridão.

Líderes em Nordheim

Jarl Albrecht Odinson, portador da mítica Coroa de Prata, encarna a força e a determinação de Nordheim. Com uma presença imponente e um olhar que evoca a ancestralidade dos berserkers e a ferocidade dos Garous, ele inspira respeito e temor, simbolizando o espírito indomável de seu povo. Sua liderança é ativa e pessoal, pois ele se posiciona na linha de frente, guiando seus combatentes com estratégias precisas e incitando-os a superar seus limites em cada batalha.
Sob sua égide, cada confronto se transforma em um ritual de coragem e renovação, onde o som retumbante de sua voz ecoa pelas planícies geladas, unindo os Presas de Prata em uma irmandade inquebrável. Dessa forma, Albrecht não só mantém viva a tradição ancestral, mas também reforça a capacidade de seus guerreiros em defender Nordheim das ameaças que ousam desafiar seu destino.

Hrungnir, o ancião do conselho das tribos dos Golias em Jötunheimr, é uma presença mística cuja idade se perde nas brumas do tempo. O Golias mais antigo da ilha carrega a sabedoria de eras incontáveis e o peso de um legado ancestral, sendo portador da jóia sagrada que pertencia a Gorvian – sinal de sua ligação direta com o Unificador e o glorioso passado dos deuses e batalhas.
Com voz grave e calma, Hrungnir convoca os Golias para rituais sagrados e encontros que solidificam a união das tribos em Jötunheimr. Sua liderança, marcada por firmeza e compaixão, guia os Golias através dos desafios e conflitos que ameaçam a harmonia ancestral. Em cada gesto, ele revela a experiência acumulada ao longo de sua vida, transformando as tradições em forças unificadoras que renovam a esperança e a resistência de seu povo, mantendo vivo o espírito imortal dos gigantes de gelo.
Visão Geral do Reino
Onde o gelo forja guerreiros e a lenda une destinos. - Lema de Nordheim
Capital: Akram
Situação: Reino apartado da política Alderiana
Ilhas colonizadas: Aesgaard, Hyperborea, Vanaheim, Skellige e Jötunheimr
Clima: Ártico
Principais produtos: Sem comércio com o continente
Pontos de interesse: Kaer Morhen
Raças encontradas no reino: 40% golias, 35% garous, 15% humanos, 10% outros
Nordheim é uma terra selvagem e intransigente, onde o frio e a batalha são os verdadeiros juízes do destino. Dividido entre os guerreiros berserkers das tribos Cria de Fenris e Presas de Prata e as imponentes tribos Golias de Jötunheimr, esse reino gelado existe à margem do resto de Alderion, ignorando o mundo exterior e suas intrigas. A sobrevivência aqui não é um direito, mas uma conquista, e apenas os mais fortes prosperam. Em meio às tempestades de neve e aos confrontos eternos contra forças sombrias, os habitantes de Nordheim moldam suas próprias lendas com ferro, sangue e coragem.
As terras dos golias e o legado de Hrungnir
Nas profundezas do arquipélago gélido de Jötunheimr, ergue-se a terra dos Golias, gigantes de pele acinzentada e corações forjados no frio implacável. Guiados pela lenda de Ymir e Atali, os deuses que lhes deram forma, os Golias vivem em harmonia com os elementos, transformando cada desafio da natureza em um rito de fortalecimento. Gorvian, o Unificador, foi o primeiro a reunir as tribos dispersas, presenteando seus líderes com fragmentos de uma estrela cadente que carregava a essência de Atali. Essa herança espiritual ainda pulsa na pele marcada por tatuagens sagradas e nos rituais que celebram sua ligação divina.
Hoje, Hrungnir, o Golias mais antigo e descendente direto de Gorvian, lidera o Conselho das Tribos, garantindo que seu povo continue digno do legado de seus ancestrais. Como portador da joia de Gorvian, sua sabedoria e sua força são incontestáveis. Sob sua liderança, os Golias travam uma guerra constante contra os Trullans, criaturas brutais, meio orcs e meio trolls albinos, que ameaçam suas terras. Cada batalha não é apenas uma luta pela sobrevivência, mas uma reafirmação de sua ligação com os deuses e de seu compromisso em preservar a herança que os transformou em seres de poder inigualável.
Os garou e a guerra contra os draugr
Do outro lado das geleiras de Jötunheimr,
as ilhas humanas de Aesgard, Hyperborea,
Vanaheim e Skellige são o domínio dos
Presas de Prata e Cria de Fenris.
Esses guerreiros não são apenas humanos,
mas Garous, lobisomens que canalizam a
fúria do gelo e do combate para defender
suas terras. Forjados pela lua e pela guerra,
eles vivem de acordo com um código de
honra inabalável, conduzindo rituais sagrados que os conectam aos espíritos antigos e à natureza indomada.
Os Presas de Prata têm um único dever: impedir o avanço do exército de Draugr, guerreiros mortos-vivos vindos de Helheim, cuja existência ameaça corromper Nordheim com sua praga profana. Cada dia é uma luta contra essas forças sombrias, e cada noite é um tributo aos deuses pelo direito de ver mais um amanhecer. Seus feitos são entoados em canções de guerra e esculpidos em runas ancestrais, eternizando a história de seus guerreiros.
Jarl Albrecht Odinson e a Coroa de Prata
No coração de Nordheim, a liderança dos Presas de Prata recai sobre Jarl Albrecht Odinson, o portador da lendária Coroa de Prata. Este artefato sagrado não é apenas um símbolo de poder, mas a prova de que seu portador é o mais forte dos Garous. Sob sua liderança, a tribo se tornou um escudo impenetrável contra os horrores dos mortos-vivos e as ameaças ocultas nas sombras do gelo eterno. A fusão entre tradição e estratégia transformou Nordheim em uma fortaleza viva, onde apenas os mais ferozes podem reivindicar um lugar de honra.
No entanto, nem todos aceitaram seu reinado. Os Senhores das Sombras, liderados por Erik, o Cinzento, consideravam Albrecht um governante fraco, incapaz de guiar Nordheim a um futuro seguro. Em um ato de desafio, partiram através do traiçoeiro Mar Vingativo, buscando um novo destino. Nunca mais foram vistos, e hoje sua memória é apenas uma lenda sombria de traição e desventura.
Nordheim é uma terra isolada e indiferente ao resto de Alderion. Não há comércio, alianças ou diplomacia. O frio eterno e as batalhas diárias são os únicos laços que unem seus habitantes. Os Golias e os Presas de Prata compartilham um destino, ainda que suas culturas sejam distintas: resistir às ameaças que tentam esmagá-los, seja na forma de mortos-vivos, criaturas primordiais ou do próprio inverno implacável.
Entre os uivos dos Garous e os brados dos Golias, Nordheim se ergue como um reino inquebrantável, onde a lenda e a realidade se misturam no gelo e no sangue. Aqui, cada novo dia é uma batalha e cada noite, um tributo aos ancestrais. No final, apenas a força e a coragem decidirão quem permanecerá de pé nas terras do inverno eterno.

Brasão de Nordheim

Estilo de Vida
O dia a dia em Nordheim
A vida em Nordheim é moldada pelo frio implacável, pela honra e pela sobrevivência. Em meio às paisagens gélidas, tanto os Golias de Jötunheimr quanto os Berserkers de Aesgard e das demais ilhas desenvolveram sociedades resilientes e estruturadas em torno da força, da tradição e do espírito guerreiro. Cada dia é uma nova prova de resistência, uma reafirmação da identidade que os mantém de pé diante das ameaças externas e da própria natureza cruel que os cerca.
A vida nas terras dos golias
Em Jötunheimr, os Golias despertam antes do nascer do sol, reunindo-se em torno das fogueiras tribais para entoar cânticos ancestrais e reafirmar sua conexão com os espíritos da montanha. As aldeias são compostas por grandes tendas de peles e ossos de bestas caçadas, protegidas por muralhas de pedra esculpidas pelas mãos de seus gigantes habitantes. Cada comunidade é liderada por um ancião ou guerreiro renomado, mas todos respondem ao Conselho das Tribos, comandado pelo sábio e enigmático Hrungnir.
O cotidiano dos Golias é dividido entre a caça, o aprimoramento físico e a defesa de seu território. Guerreiros treinam incansavelmente, desafiando-se em combates rituais que testam sua força e disciplina. Ferreiros moldam armas e armaduras de osso e metal bruto, enquanto os xamãs estudam as estrelas e interpretam os presságios enviados por Ymir e Atali. Cada jovem deve passar pelo Rito da Tempestade, uma provação onde deve sobreviver sozinho na tundra de Utgard durante uma semana inteira, enfrentando os perigos do gelo e as criaturas que rondam as sombras.
A sociedade golias valoriza a coletividade e a resistência, e o respeito é conquistado através de feitos heróicos e demonstrações de força. Não há espaço para os fracos, mas também não há crueldade gratuita – cada indivíduo é incentivado a superar seus próprios limites, pois a sobrevivência da tribo depende do esforço conjunto. À noite, as fogueiras são acesas, e os gritos tribais narram as epopeias de Gorvian e de antigos guerreiros ao som de suas ocarinas de ossos, mantendo vivas as tradições que sustentam sua identidade.
O cotidiano dos Garou e os berserkers humanos
Nas ilhas humanas de Nordheim, a vida segue um ritmo feroz e ritualístico. Os
berserkers de Aesgaard, Hyperborea, Vanaheim e Skellige despertam ao som dos
chifres de guerra, que ecoam entre os fiordes gelados. A maioria dos habitantes
pertence à tribo dos Presas de Prata ou Cria de Fenris, lobisomens que veem sua
condição como uma dádiva concedida pelos deuses antigos. Suas vilas são construídas
com madeira negra e pedra rústica, erguidas ao redor de grandes salões comunais onde
as decisões são tomadas e os laços de irmandade são fortalecidos.
O dia começa com os homens e mulheres partindo para caçadas ou expedições
marítimas, buscando alimento e recursos nas águas traiçoeiras do oceano. As crianças
são treinadas desde cedo na arte da guerra e na cultura dos Garous, aprendendo a
manejar machados e espadas ao mesmo tempo que estudam os ciclos da lua, essenciais
para compreenderem sua própria natureza bestial. A pesca e a caça de grandes feras
são atividades comuns, mas os mais bravos enfrentam os draugr – mortos-vivos
amaldiçoados que emergem de Helheim em busca de vingança contra os vivos.
Ao entardecer, os vilarejos se reúnem para festins regados a hidromel e carne assada,
onde cânticos e desafios de combate reforçam os laços entre os guerreiros. Entre os Presas de Prata, a transformação em lobo não é um ato de fúria descontrolada, mas um rito sagrado, uma manifestação de sua verdadeira essência. No entanto, essa bênção também exige controle, e por isso os mais experientes guiam os jovens através de rituais para domar a besta interior.
A noite é um momento de alerta constante. Guardiões vigiam as muralhas e patrulham as florestas, atentos ao menor sinal de invasão dos draugr ou de incursões inimigas. A guerra é parte inevitável da existência desses povos, e o espírito de luta está impregnado em seu sangue. Para os Presas de Prata, cada batalha é uma oferta aos deuses antigos e um dever para proteger suas terras da escuridão que ameaça consumi-las.
Apesar de suas diferenças, Golias e Berserkers compartilham uma existência forjada no sofrimento e na glória. Eles vivem para a batalha, para a honra e para seus ancestrais, carregando consigo o peso de um passado heróico e de um futuro incerto. Em Nordheim, a fraqueza não tem lugar – apenas aqueles que desafiam o destino e enfrentam o frio, os monstros e a própria morte podem chamar essas terras de lar.
Cinco coisas que todos em Nordheim conhece
A fúria da tempestade - O clima em Nordheim é implacável, e todos desde a infância aprendem a respeitar e temer as Tempestades de Jötunheimr. Ventos capazes de derrubar árvores, nevascas cegantes e trovões que fazem o solo tremer são comuns, e aqueles que não buscam abrigo a tempo raramente sobrevivem. Essas tempestades são vistas como mensagens dos deuses – um chamado à resiliência ou um aviso de tempos sombrios.
Os sussurros dos draugr - Os mortos não descansam facilmente em Nordheim. Todos conhecem histórias sobre os Draugr, guerreiros amaldiçoados que retornam das profundezas de Helheim para assombrar os vivos. Essas criaturas são temidas e respeitadas, e muitos carregam amuletos rúnicos ou realizam rituais para afastá-las. Durante as noites mais escuras, diz-se que é possível ouvir seus sussurros ao vento, prometendo vingança e destruição.
O código da honra - Em Nordheim, a palavra dada é sagrada. Quebrar um juramento ou agir com covardia é uma mancha eterna na honra de um guerreiro, algo pior do que a morte. Todos conhecem o ditado: “Melhor cair com a lâmina na mão do que viver com a desonra no coração.”
O grito de guerra dos berserkers - Antes de cada batalha, os Berserkers entram em um estado de transe conhecido como Fúria do Lobo. Eles gritam em desafio aos deuses, invocam seus ancestrais e batem armas contra escudos, criando um som que gela o sangue dos inimigos. Esse grito é conhecido como “O Uivo de Sköll”, em referência ao lobo que persegue o sol nos mitos antigos.
A lua de sangue - A aparição da Lua de Sangue, uma lua avermelhada nos céus de Nordheim, é um presságio poderoso. Todos sabem que esse é o momento em que os Garous estão mais fortes, mas também mais próximos de perder o controle. Tribos inteiras realizam rituais nessas noites, seja para honrar os deuses ou para preparar-se para tempos difíceis que certamente virão.
Algumas expressões usadas em Nordheim no dia a dia
"Que a tempestade te carregue!" - Usado como uma maldição, equivalente a "vá para o inferno".
"O gelo quebra para todos." - Expressão usada para lembrar que a morte é inevitável.
"Lute como se Valhalla estivesse vendo." - Encorajamento para lutar com bravura e sem medo.
"O sangue fala mais alto que as palavras." - Significa que ações são mais importantes do que promessas ou discursos.
Os mortos lembram." - Um aviso sombrio de que quem trai sua honra ou desonra os deuses pode ser assombrado pelos espíritos dos mortos.
"Beba até que Thor ria de você." - Expressão usada em festas para incentivar alguém a beber mais.

Artes
Expressão artística e decoração em Nordheim
A arte em Nordheim é profundamente conectada à tradição, à guerra e aos mitos dos ancestrais. Diferente das culturas que valorizam a estética pela beleza pura, os nordheimers enxergam a arte como um meio de contar histórias, transmitir conhecimento e honrar os deuses.
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Escultura Rúnica: Os Golias e os Garou esculpem runas em pedra, madeira e osso, criando totens e runas que narram feitos heroicos ou marcam locais sagrados. Algumas dessas inscrições também carregam feitiços de proteção ou maldições para intrusos.
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Música e Cânticos: A música é marcada por tambores pesados, trompas rústicas e flautas de osso, criando melodias que evocam a natureza selvagem. Os skalds recitam sagas épicas ao redor das fogueiras, garantindo que as lendas dos heróis nunca sejam esquecidas.
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Tatuagens Tribais: Tanto Golias quanto Garous marcam seus corpos com tatuagens sagradas, que simbolizam suas façanhas, linhagens e conexões espirituais. Cada traço é um testemunho da vida e das provações que enfrentaram.

Arquitetura
Construções e cidades de Nordheim
A arquitetura de Nordheim reflete sua cultura de sobrevivência e resistência ao frio extremo. As construções são robustas, feitas para suportar tempestades e ataques de inimigos.
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Casas Longas: As aldeias dos Garou são compostas por grandes casas comunais feitas de toras maciças e telhados de palha ou madeira. Essas casas são centros da vida social, onde famílias se reúnem em torno do fogo.
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Salões dos Clãs: Cada tribo tem um grande salão de madeira e pedra onde se realizam banquetes, julgamentos e assembleias. Os salões são decorados com troféus de caça, peles de animais e brasões esculpidos nas vigas.
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Fortalezas de Pedra: Os Golias constroem suas aldeias em cavernas e encostas de montanhas, esculpindo fortalezas diretamente na rocha. Essas construções são projetadas para resistir ao frio e proteger contra ataques de Trullans.
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Torres Totêmicas: Algumas aldeias possuem torres de madeira ou pedra adornadas com entalhes de deuses e animais sagrados. Elas servem como postos de vigia e locais de culto.
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Ponteiros Rúnicos: Ao longo das estradas congeladas, há obeliscos e pilares rúnicos indicando direções e alertando viajantes sobre perigos como bestas selvagens ou terras proibidas.

A Casa Longa, o principal local dos assentamentos berserk
Culinária
Sabores e temperos de Nordheim
A culinária de Nordheim é baseada em ingredientes resistentes ao frio e métodos de conservação que garantem a sobrevivência durante os longos invernos. É uma cozinha rústica, mas extremamente nutritiva e fortificante.
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Carnes Defumadas e Salgadas: Devido à escassez de alimentos frescos no inverno, carnes de alce, javali, peixe e até mamute são defumadas ou salgadas para durar meses.
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Ensopados e Guisados: Os nórdicos valorizam pratos quentes e substanciosos, como guisados de carne com raízes e ervas selvagens, cozidos lentamente em grandes caldeirões.
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Pão Negro e Bolos de Cevada: Assados densos e pesados, feitos com grãos rústicos e adoçados com mel. Muitas vezes são acompanhados de manteiga batida ou queijo curado.
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Hidromel e Cerveja Forte: As bebidas alcoólicas são fundamentais na cultura nórdica. O hidromel, feito de mel fermentado, é considerado um presente dos deuses e usado em rituais e celebrações. A cerveja negra é espessa e encorpada, servindo tanto como bebida quanto como fonte de calor.
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Queijos e Laticínios: O leite de cabra e rena é transformado em queijos envelhecidos e iogurtes ácidos, que ajudam a sustentar os guerreiros em longas jornadas.
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Peixes Fermentados: Embora de sabor forte, os peixes fermentados são uma iguaria valorizada, preservados em barris de madeira e consumidos em rituais.
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Sopas de Sangue: Uma tradição entre os Golias, que utilizam o sangue de animais caçados para fazer sopas nutritivas misturadas com ervas e cebolas selvagens.
A comida em Nordheim é compartilhada em grandes mesas, fortalecendo os laços comunitários. Cada refeição é um tributo à luta diária pela sobrevivência e uma celebração da força do povo.

Truta estufada, uma iguaria nórdica com recheio inesperado
Lugares Importantes
As cidades mais importantes e pontos de interesse do reino

Kaer Morhen – A Fortaleza dos Renascidos
No coração das montanhas de Nordheim, cercada por picos gélidos e vales ocultos, jazem as ruínas da fortaleza de Kaer Morhen, um bastião esquecido pelo tempo, onde apenas os mais fortes e destemidos ousam pisar. Muito antes de Nordheim ser fragmentada em tribos e territórios, quando os deuses ainda caminhavam entre os mortais e os lobos caçavam sob luas escarlates, os anciãos dos Presas de Prata descobriram um segredo há muito oculto nas entranhas da terra: o Sangue Primordial.
Kaer Morhen foi esculpida dentro das montanhas pelos primeiros mestres xamânicos, os Filhos da Noite, como um refúgio para aqueles que carregavam em seu sangue o eco dos antigos garou, mas eram incapazes de despertar sua verdadeira forma. A crença era simples: nem todos os nascidos dos garou conseguiam herdar o dom da transformação. Muitos viviam como meros humanos, sentindo em seus ossos a promessa de algo maior, mas presos a um corpo limitado. Para esses, Kaer Morhen representava tanto a última esperança quanto a condenação.
O Ritual da Lua Sangrenta
A ascensão de um humano ao estado de verdadeiro garou exigia
mais do que desejo ou linhagem. O processo era chamado de Ritual da Lua Sangrenta, um desafio tão brutal que poucos sobreviviam para contar a história. Apenas aqueles cujo sangue carregava vestígios da herança lupina podiam se submeter ao ritual — e mesmo assim, a maioria perecia antes de completar a transformação.
O ritual era conduzido em três etapas:
O Caminho da Fera
Antes da cerimônia, os candidatos eram enviados sozinhos para os ermos de Nordheim, sem armas ou roupas, obrigados a sobreviver apenas com seus instintos. Durante um ciclo lunar inteiro, eles caçavam, matavam e se alimentavam da carne crua da terra. Se voltassem para Kaer Morhen, eram considerados dignos de prosseguir.
O Banho de Prata e Sangue
Os sobreviventes eram levados à Câmara dos Uivos, um salão esculpido no coração da montanha, onde inscrições rúnicas contavam a história dos primeiros garou. Ali, seu sangue era misturado com o de antigos lobisomens caídos, guardado há séculos em ânforas de obsidiana. Para romper a barreira entre o humano e o lobo, um veneno feito de erva-da-lua, sangue de wendigo e lágrimas de Fenrir era administrado. O corpo entrava em agonia, os ossos se contorciam e os órgãos pareciam arder como brasa viva.
Os que não suportavam, morriam entre convulsões, seus corpos sendo consumidos pelo veneno. Os poucos que resistiam, avançavam para a etapa final.
A Noite dos Mil Uivos
Os sobreviventes eram acorrentados ao Altar dos Primeiros, expostos à luz da lua cheia. Se fossem dignos, a transformação ocorreria, seus corpos se estendendo, os músculos rasgando para dar lugar à besta que os habitava. Se falhassem, morreriam ali, como tantos antes deles.
Aqueles que despertavam como lobisomens não eram meramente feras, mas verdadeiras máquinas de guerra, conhecidos como os Renascidos de Morhen. Mais rápidos, mais fortes e dotados de um instinto de caça apurado, eles se tornavam os protetores do legado dos Presas de Prata.
A queda e o retorno de Kaer Morhen
Por séculos, Kaer Morhen floresceu como um santuário para os que buscavam a ascensão. No entanto, o segredo do ritual logo se tornou objeto de medo e inveja. As tribos humanas, aterrorizadas pelo poder dos Renascidos, e instigada pelos sussurros dos Senhores das Sombras, uniram-se contra os Presas de Prata e declararam guerra à fortaleza.
Em uma noite sem lua, as forças humanas, reforçadas por clérigos fanáticos e caçadores de monstros, lançaram um cerco brutal. Com tochas e aço banhado em prata, invadiram Kaer Morhen, matando xamãs, destruindo as ânforas sagradas e selando a Câmara dos Uivos. O conhecimento dos rituais foi quase perdido, e a fortaleza caiu em ruínas, amaldiçoada como um local proibido.
Mas o sangue nunca se esquece.
Nos tempos atuais, rumores indicam que Kaer Morhen não está tão deserta quanto se pensava. Alguns dizem que os últimos descendentes dos Filhos da Noite retornaram e buscam restaurar o antigo ritual. Outros falam de sombras lupinas patrulhando as montanhas, protegendo um segredo ancestral.
Para os que ainda carregam o eco dos garou em suas veias, a fortaleza continua a chamar. A promessa permanece: aqueles dispostos a arriscar tudo podem encontrar seu verdadeiro destino dentro das muralhas frias de Kaer Morhen.